Energia Solar Social

A crise climática tem como principal causa, a nível global, a geração de energia através de combustíveis fósseis. Portanto,  a transição para fontes renováveis é a principal saída da humanidade para combatê-la. No entanto, os impactos negativos desta crise já são sentidos hoje, especialmente por populações em situação de maior vulnerabilidade.

Acreditamos que o Brasil pode liderar essa transformação energética pelo exemplo. Temos uma das matrizes mais renováveis do mundo, e podemos ir além. A geração distribuída de energia solar possibilita novos modelos descentralizados de energia comunitária,  que incorporam equidade social, inclusão e sustentabilidade. Assim, podemos democratizar o acesso aos benefícios da transição, como oportunidades de emprego, investimentos em infraestrutura e políticas para reduzir desigualdades sociais.

Ainda existem milhões de brasileiros que vivem em uma situação de pobreza energética, sem acesso a serviços de qualidade e com preços acessíveis. Estudo feito pelo Instituto Pólis (2022) demonstra como o acesso e a qualidade da energia ocorrem de forma territorialmente desigual e desproporcional entre diferentes grupos da sociedade, impactando de forma mais severa pessoas negras, famílias de menor poder aquisitivo e domicílios chefiados por mulheres. Famílias mais vulneráveis – e que, portanto, consomem menos – pagam um custo unitário de energia maior do que aquelas que mais consomem.

Como funciona na cooperativa (onde estão as instalações e como beneficia as pessoas)

Na Cooperativa Percília e Lúcio de Energias Renováveis há ações de eficiência energética e instalação de sistemas fotovoltaicos em 2 empreendimentos comerciais locais, uma escola comunitária, uma residência (com telhas solares) e três usinas compartilhadas na Associação de Moradores da Babilônia, EDI Dona Marcela e Quadra da Babilônia, totalizando 64 kWp e gerando economias na ordem de R$ 80 mil anuais.